31/08/2009

EUA decidem se consideram que houve golpe militar em Honduras

Um funcionário do Departamento de Estado americano relatou que esse anúncio pode ser feito entre amanhã e quarta-feira, o que coincidiria com a visita de quatro dias que Zelaya fará a Washington.

Até agora o Ruca está dividido: será que foi golpe, será que foi reposição da legalidade?

«Os Estados Unidos prevêem anunciar nos próximos dias sua decisão sobre se a derrubada do presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, ocorreu por meio de um golpe militar.»

A mãe do Ruca afirma que os Estados Unidos fomentam golpes militares na América do Sul desde que se afirmou como bastião do capitalismo, um acto inequívoco de "imperialismo".

O pai do Ruca diz que Zelaya se queria eternizar no Poder como Chávez e outros ditadores que tal.

A mãe do Ruca contrapõe que Zelaya estava a ter algumas atitudes socialistas e que isso incomoda os EUA na situação actual da América do Sul, que tem vindo a ganhar adeptos mais à esquerda. Além disso, só se fez um referendo para saber se se faria outro referendo que permitiria alterar a constituição de modo a que Zelaya pudesse ser reeleito.

O pai diz que os EUA não podem estar do lado do golpe porque «Depois da saída de Zelaya, os EUA suspenderam a ajuda direta ao Governo de fato de Honduras, incluindo a assistência militar, cancelaram todas as operações dos 600 soldados destacados na base de Soto Cano e condicionou o congelamento da ajuda restante a um estudo jurídico do Departamento de Estado sobre a queda do presidente deposto.»
Além disso o pai é prudente e acha que dois mandatos chegam e sobram. Como democrata acha essencial que a democracia se proteja a ela própria.

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O Ruca espera ficar do lado dos bons: do lado da Democracia.

- Se vier na Imprensa que os Estados Unidos admitem que é golpe: o Ruca sabe que os Estados Unidos não estão envolvidos nele, pois «Segundo uma lei americana, "nenhuma assistência pode ser fornecida a Governos de um país se o presidente devidamente eleito dessa nação tiver sido deposto por um decreto ou um golpe militar".» pelo que não beneficiariam com o dito cujo nem o podem apoiar legalmente.

- Se vier na Imprensa que os Estados Unidos admitem que não é golpe: o Ruca passa a respeitá-los pois trazem a notícia ao Mundo de que foi apenas a reposição da legalidade constitucional.

A Venezuela e o direito à manifestação

O pai do Ruca leu no Público (notícia do El País) que as manifestações na Venezuela serão criminalizadas.

«E os primeiros processos estão já prontos a avançar: o perfeito de Caracas assim como 11 outros trabalhadores do município da cidade – que é governada por um político da oposição – foram detidos na quarta-feira por terem participado numa manifestação, no sábado anterior, contra a recentemente aprovada Lei orgânica da Educação, a qual retira autonomia às universidades e estabelece um sistema para criar uma “nova consciência” socialista nas escolas.»

O Ruca ficou confuso e perguntou por que é que, sendo nos países socialistas a democracia de base, estão a ser tomadas medidas contra o povo?
O pai do Ruca disse que quando vivia nos Estados Unidos ao menos tinha o direito de se manifestar.
A mãe do Ruca disse: "Ruca meu filho, nem tudo é o que parece. A lei é só para aplicar aos contra-revolucionários! O Povo nunca será prejudicado, esta medida só vai corta a Liberdade dos reaccionários! Esses é que são os que podem cortar as pernas à Revolução!"
E foi esperar para a sala de estar pela próxima edição do jornal Avante! ou que o Tirem as Mãos da Venezuela seja actualizado com justificações plausíveis.