Na SIC Notícias, 3 comentadores e um moderador, completamente imparciais, comentam o debate. A vitória é clara por parte do Primeiro-Ministro, e isso é consensual. Discute-se que "o Bloco é um partido que faz política com casos" e "ainda por cima Louçã, geralmente bem informado, até escorregou num dos casos, que pelos vistos não existiu".
Sócrates devia estar a ver este canal enquanto se desmaquilhava, pois saiu e disse o mesmo.
A história do copo meio cheio e a do copo meio vazio.
Fantástico como tanto os media como o PM se sentem à vontade a cantar vitória pois Louçã se terá enganado num dos casos. Fantástico como ninguém se revolta por o outro (o dos contentores) ser puramente verdade. Política de verdade, ao menos, fá-la João Jardim quando diz que não diz o que os jornalistas querem ouvir.
Um grande "foda-se" para um povo bovino, para uma imprensa controlada e para os revolucionários da via burguesa parlamentar.
08/09/2009
07/09/2009
Das barraquinhas do Avante!
O Ruca, apesar do esforço dispendido desde as últimas eleições em Angola, não consegue compreender por que é que esse regime criminoso é apoiado tanto pela mãe, como pelo pai. Parece ser uma das poucas vezes que estão de acordo. Aparentemente, a mãe, estalinista PCP de gema, está a favor porque este país é governado por um partido que na altura da formação era pró-URSS. Ao pai, um sino-americano que trabalha numa empresa de petróleo, que lucra e muito com o a situação do país, agrada-lhe o governo angolano.
O Ruca acha bem os pais estarem de acordo. Mas olhando para o lado dos bons, os que protegem a civilização e a Democracia, não encontra razões para que estes mantenham relações diplomáticas com Angola como se o regime não fosse tão criminoso como outros países que governam países considerados hostis. Olhando para o lado dos comunistas, não encontra uma única razão para estes terem uma barraquinha na festa do Avante, a não ser pelo simples facto de eles se dizerem comunistas.
Não houvesse petróleo em Angola e fossem eles realmente comunistas, a história seria outra, mas os pais do Ruca continuariam de acordo.
O Ruca acha bem os pais estarem de acordo. Mas olhando para o lado dos bons, os que protegem a civilização e a Democracia, não encontra razões para que estes mantenham relações diplomáticas com Angola como se o regime não fosse tão criminoso como outros países que governam países considerados hostis. Olhando para o lado dos comunistas, não encontra uma única razão para estes terem uma barraquinha na festa do Avante, a não ser pelo simples facto de eles se dizerem comunistas.
Não houvesse petróleo em Angola e fossem eles realmente comunistas, a história seria outra, mas os pais do Ruca continuariam de acordo.
04/09/2009
Educação e Autonomia nas Escolas
O Ruca acha que as Escolas devem ser mais autónomas.
A mãe acha isso uma medida de Direita, pois os mais ricos poderão ter acesso a uma melhor educação. A Educação não é mercantilizável.
O Ruca diz que não se refere a autonomia em termos de dinheiro, pois acredita que a Educação deve ser Universal, pelo que os amigos, ricos ou pobres, devem ter direito ao mesmo acesso às melhores escolas. A autonomia em que o Ruca acredita é na definição dos programas educativos.
O Ruca acha que, por exemplo, uma escola da Catalunha terá o direito, assim os professores das disciplinas se ponham de acordo, a ensinar a História e a Filosofia do Anarquismo, que foi e é um movimento muito forte na região; sem ser condicionado por directivas do Governo. Assim como em Economia, que o Ruca acredita não ser uma ciência exacta e, portanto, com pontos de vista divergentes; o Ruca achava até útil que se estudasse o pensamento económico marxista. A mãe do Ruca ficou com os olhos a brilhar.
O pai não concorda com o Ruca. E aponta o dedo à República Bolivariana da Venezuela, e a famosa Ley Orgânica, como um grande exemplo de manipulação da população através da educação, que terá moldes socialistas. Tendo a Economia planificada sido um fracasso em todos os sítios onde foi tentada, não fará sentido apostar nela.
O Ruca queixa-se da pobreza ideológica em que se vive, sob a capa de todos os pluralismos e direitos de igualdade.
A mãe acha isso uma medida de Direita, pois os mais ricos poderão ter acesso a uma melhor educação. A Educação não é mercantilizável.
O Ruca diz que não se refere a autonomia em termos de dinheiro, pois acredita que a Educação deve ser Universal, pelo que os amigos, ricos ou pobres, devem ter direito ao mesmo acesso às melhores escolas. A autonomia em que o Ruca acredita é na definição dos programas educativos.
O Ruca acha que, por exemplo, uma escola da Catalunha terá o direito, assim os professores das disciplinas se ponham de acordo, a ensinar a História e a Filosofia do Anarquismo, que foi e é um movimento muito forte na região; sem ser condicionado por directivas do Governo. Assim como em Economia, que o Ruca acredita não ser uma ciência exacta e, portanto, com pontos de vista divergentes; o Ruca achava até útil que se estudasse o pensamento económico marxista. A mãe do Ruca ficou com os olhos a brilhar.
O pai não concorda com o Ruca. E aponta o dedo à República Bolivariana da Venezuela, e a famosa Ley Orgânica, como um grande exemplo de manipulação da população através da educação, que terá moldes socialistas. Tendo a Economia planificada sido um fracasso em todos os sítios onde foi tentada, não fará sentido apostar nela.
O Ruca queixa-se da pobreza ideológica em que se vive, sob a capa de todos os pluralismos e direitos de igualdade.
02/09/2009
Da Colômbia
Hoje o pai do Ruca passou o dia a explicar-lhe a ligação entre a cocaína, as FARC e a soberania da Colômbia.
imagem roubada aqui.
01/09/2009
Amnistia Internacional pede a Obama suspensão do embargo contra Cuba
Em um relatório intitulado "O embargo americano contra Cuba: seu impacto nos direitos econômicos e sociais", a organização pede ao presidente dos Estados Unidos que dê "o primeiro passo" neste sentido, não renovando as sanções que pesam contra a ilha.
...
Para ilustrar os efeitos do embargo, a AI cita o exemplo de um fornecedor americano que cancelou um pedido de três milhões de seringas descartáveis feito em 2007 pela Aliança pela Vacinação e Imunização - associada à Unicef - quando soube que eram destinadas a Cuba.
O Ruca está do lado da Democracia.
O pai do Ruca diz que os Castros apesar de muito humanos foram e são ditadores.
A mãe do Ruca diz que um ditador não é eleito. E afirma que Cuba é o exemplo perfeito de democracia de base.
O Ruca agora não sabe o que pensar, mas pelo sim pelo não, amanhã deixa a t-shirt do Ché em casa.
O pai acha que, embora o embargo acabará quando Cuba “se comprometer com a via da democracia, do respeito pelos direitos do Homem, libertar os prisioneiros políticos e preparar eleições livres” Além disso, o pai votou Obama e sabe que este é um homem de visão, pelo que acha que caso o embargo não funcione até ao final do ano, o país deve ser invadido (afinal, as tropas que saem do Iraque têm de ir para algum lado.)
O Ruca vai brincar com os legos até acabar o embargo, a ver se constrói uma democracia à americana.
Depois de reflectir um pouco, o Ruca não tem dúvidas: "Não há dúvida, com dois partidos sempre será melhor que com um", pensa o Ruca com um sorriso superior.
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Para ilustrar os efeitos do embargo, a AI cita o exemplo de um fornecedor americano que cancelou um pedido de três milhões de seringas descartáveis feito em 2007 pela Aliança pela Vacinação e Imunização - associada à Unicef - quando soube que eram destinadas a Cuba.
O Ruca está do lado da Democracia.
O pai do Ruca diz que os Castros apesar de muito humanos foram e são ditadores.
A mãe do Ruca diz que um ditador não é eleito. E afirma que Cuba é o exemplo perfeito de democracia de base.
O Ruca agora não sabe o que pensar, mas pelo sim pelo não, amanhã deixa a t-shirt do Ché em casa.
O pai acha que, embora o embargo acabará quando Cuba “se comprometer com a via da democracia, do respeito pelos direitos do Homem, libertar os prisioneiros políticos e preparar eleições livres” Além disso, o pai votou Obama e sabe que este é um homem de visão, pelo que acha que caso o embargo não funcione até ao final do ano, o país deve ser invadido (afinal, as tropas que saem do Iraque têm de ir para algum lado.)
O Ruca vai brincar com os legos até acabar o embargo, a ver se constrói uma democracia à americana.
Depois de reflectir um pouco, o Ruca não tem dúvidas: "Não há dúvida, com dois partidos sempre será melhor que com um", pensa o Ruca com um sorriso superior.
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